Sarna Auricular ou psoróptica:
De rápido contágio, em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A sarna auricular é uma infecção parasitária ocasionada por dois parasitos, Psoroptes cuniculi e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando não tratado em tempo. A primeira manifestação de sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, há formação de crostas ou escamas de cor amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal. O pavilhão interno se encontra mais quente. Os animais assim infectados tornam-se fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclinam a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada. Com o avançar da doença, iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e pus, de cheiro fétido.
Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deve tomar medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia. No caso de reprodutores podem ter seu ardor sexual diminuído. Casos mais graves com perfuração do tímpano podem levar a aparecimento de convulsões e torcicolo. A sarna carióptica é uma forma beíngua de sarna produzida por Charioptes cuniculi e se localiza principalmente no pavilhão interno da orelha do coelho. As escoriações provocadas por este ácaro são mais amenas que as provocadas pelo Psoroptes cuniculi. A diferenciação se dá pelo exame laboratorial.
Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados periodicamente. Os animais doentes deverão ser logo observados pelo seu veterinário assistente e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas. Evitar acúmulo de pó nas instalações e nos arames que suspendem as gaiolas. Fazer sarnicidas mensalmente, quarentena de animais adquiridos e eliminar animais muito infectados.
Tratamento: Uso de sarnicidas comerciais. Produto caseiro contendo 50% de querosene e 50% de gordura aplicando nos locais onde se instala a sarna.
Sarna Sarcóptica:
Produzida pelo ácaro Sarcoptes cuniculi, este ácaro penetra mais profundamente na pele. Esta doença, muito contagiosa, é caracterizada pela formação de crostas na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais. Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha, pois esta só ataca o corpo do animal. As primeiras manifestações da sarna começam com a picada do parasito que causa forte irritação, ocasionando o aparecimento de um líquido que, ao secar, forma crostas duras, de cor amarelo-cinza. Como a sarna se localiza de preferência na cabeça e boca do animal, os lábios se apresentam consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo até morrer. Sendo ás crostas localizadas em volta do nariz, há inflamação do local, determinando grande dificuldade na respiração.
Entretanto, no início da doença, antes que a sarna atinja completamente a cabeça do animal, o seu tratamento é fácil. Assim, o criador ao notar que o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, se apresenta coberto com um pó branco, semelhante à farinha, deverá logo examinar o animal, assim como as suas patas, onde ele irá encontrar entre as unhas o mesmo pó branco. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasito na cabeça, procura coçar o local, fazendo então com que as unhas se se apresentem infectadas. A prevenção e tratamento são o mesmo anterior.
Canibalismo ou embriofogia:
Geralmente ocorre de mães para com as crias, em condições desfavoráveis, algumas matrizes ao parir praticam este ato que a pesar de não ser considerado doença, traz sérios danos para o plantel.
Fatores: Carência alimentar principalmente em proteína e sal comum, falta de água fria ou água muito quente, ninhos mal desenfeitados, incidência de sarna, manejo errado, estresse, fêmeas nervosas, etc.
Medidas Profiláticas - Oferecer alimentação na medida certa, além de água abundante e de boa qualidade, manter os animais em local fresco, livre de barulhos constantes, e nunca esquecer da colocação do ninho, pelo menos dois dias antes da data prevista para o parto.
Este procedimento não deve ser admitido por mais de uma vez, havendo a reincidência, a matriz deve ser descartada, pois não tendo condições ideais de reprodução, ela trará prejuízo ao bom andamento da criação.
Boa noite! Eu tenho um coelho que está com isso no ouvido esquerdo,essa sarna auricular; chega a ser uma crosta consistente, ás vezes bem dura, eu retiro da orelha, mas não puxo da parte interna do ouvido com medo de machucá-lo, mas com algumas semanas retorna tudo novamente. Esse tratamento (querosene e gordura) como que faço o procedimento? Essa gordura, seria óleo de cozinha mesmo? E eu faço como, mistura o óleo com o querosene e passo com algodão dentro do ouvido dele. Por favor preciso dessa resposta urgente! Ele sofre muito e já nasceu aleijadinho de uma das patas traseiras. Aguardo ansiosa a resposta. Obrigada! Calízia Mariath! Conceição da Barra - ES
ResponderExcluirBoa noite , me chamo Caio césar moro em Sousa PB, estou começando uma cunicultura e já tenho esse problema, por favor me explique esse tratamento com o querosene, Meu contato: caio.cesar282009@hotmail.com
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